Práticas pedagógicas que encantam: Colégio Logosófico

6 min

Educador, e se dissessem a você que os seus estudantes poderiam ser pequenos exploradores?

 

Em 2022, desenvolvemos, com a National Geographic Learning, nossa parceira exclusiva de conteúdo, o projeto Pequenos Exploradores. Nossa assessora pedagógica Milena Mignossi Ferreira, que auxilia o Colégio Logosófico em Goiânia, nos relatou que as educadoras bilíngues Jurema Guerreiro e Fernanda Lorena de Avelar transformaram a proposta em algo simplesmente sensacional, que virou exposição na escola. Continue lendo para ter uma ideia de como foi.

 

Fernanda (à esq.) e Jurema

O projeto

Em poucas palavras, o projeto convidou crianças da Educação Infantil a serem pequenas exploradoras por meio de processos criativos. Paralelamente, o projeto teve a intenção de aumentar o engajamento das famílias no processo de aprendizagem, bem como dar mais visibilidade ao Currículo Be.

 

Fase 1

Ao todo, o projeto contou com três fases. A primeira foi composta pela visualização da National Geographic Virtual Gallery (Galeria Virtual da National Geographic) 2021-2022 e por atividades relacionadas à exibição, desenvolvidas em parceria com a editora.

 

“Durante a observação da galeria, as crianças puderam analisar o que cada fotógrafo buscou explorar nas imagens. Nosso foco (sugerido pelo Be) foi Rikky Azarcoya, do México, que expôs fotos de leões-marinhos e pinguins na costa do Chile e ao longo da costa do Pacífico”, relata Fernanda.

 

Ela conta ainda que, nas atividades que sugerimos, foi observada a reação dos estudantes ao terem contato com as imagens. Além disso, eles manifestaram seu entendimento sobre cada fotografia e escolheram uma favorita, identificando:

 

  • formas geométricas
  • cores
  • temperatura
  • claro e escuro
  • dia e noite
  • elementos da natureza que compõem o habitat dos animais
  • do que eles se alimentam
  • de qual temperatura precisam para sobreviver

 

Fase 2

Em seguida, foi realizado o projeto “mão na massa”, elaborado pela escritora de materiais educacionais, professora, educadora de professores e criadora estadunidense Danielle Hersey. Ela compartilhou, em vídeo, uma atividade de criação rápida e lúdica, muito prática e sensorial, na qual cada criança construiria um habitat (com direito a neve!) para os animais descobertos pelo fotógrafo e explorador da National Geographic. Jurema conta que fazer a neve foi um “momento de muita alegria para os pequenos”. E Fernanda completa: “A experiência foi inédita e gerou um grande estímulo neles”.

 

As educadoras decidiram ampliar a experiência na segunda etapa: separaram uma semana para atividades diárias de investigação e experimentação; e, como os estudantes estavam muito estimulados, a sugestão da atividade foi adaptada para enriquecer a experiência e alongar a investigação.

 

A sugestão era que cada um construísse um habitat. Mas as educadoras decidiram realizar a experiência primeiro por turmas, explorando os elementos da natureza que o compõem e analisando as texturas.

 

 

Na aula do dia seguinte, cada criança construiu o seu habitat com um prato de papelão, areia, pedras e, no lugar da água, papel crepom azul. Os pequenos também confeccionaram os animais com massa de modelar para expor no habitat coletivo e com papel para compor o individual.

 

 

Despertou o interesse de Fernanda as próprias crianças solicitarem investigar e observar as condições climáticas necessárias para a sobrevivência das espécies relacionadas. Ela relata que muitas conversas surgiram ao longo da experiência, mas o que mais motivou as crianças foi a descoberta da diferença entre sea lion (leão-marinho) e seal (foca).

 

Então, ela e Jurema aprofundaram a investigação para compreender as características específicas de cada espécie. A educadora conta que os pinguins também motivaram os pequenos do K4, que estudam os animais, a descobrir em que categoria se enquadram: mamíferos ou aves. “Descobrimos que, mesmo sendo aves, eles não desenvolveram a habilidade de voar. Em contrapartida, são capazes de nadar, mergulhar e se locomover dentro da água. As crianças buscaram descobrir outras aves que não voam e como utilizam suas asas, como os patos. Também exímios nadadores.”

 

Fase 3: a exibição

A terceira e última etapa foi o Project Exhibition (Exibição do projeto), para que os estudantes tivessem a oportunidade de partilhar os seus projetos com a família e a comunidade escolar.

 

Por isso, indicamos que fosse feito de maneira presencial e no segundo semestre, próximo à renovação de matrícula, período em que as famílias podem visitar a escola.

 

Nessa fase, disponibilizamos componentes para ambientar o espaço, e-mails e cards de WhatsApp para serem enviados à comunidade escolar, cartaz de divulgação para imprimir e afixar em locais de maior movimento na escola e posts e stories para compartilhar o projeto nas redes sociais.

 

“Aproveitamos a Feira do Conhecimento do colégio para apresentar todo o trabalho realizado pelas crianças”, relata Jurema. “Foi feita a exposição de estudos, compreensões e materiais confeccionados”, adiciona Fernanda. Segundo ela, foram os pequenos que executaram todas as atividades de investigação e registro que decoraram a exposição. “Fizemos a experiência da neve também no dia da exposição com as famílias e as crianças vibraram!”

 

A exposição ocorreu em um sábado pela manhã. As famílias foram convidadas a experimentarem e aprenderem com os estudantes.

 

Instigando uma aprendizagem natural

De acordo com Fernanda, a prática ofereceu às crianças a oportunidade de construírem o próprio conhecimento de forma ativa e investigativa, utilizando as duas línguas no contexto da aprendizagem, “totalmente diferente dos moldes correntes da educação”. A educadora relata que as crianças descobriram e conheceram novos animais, compreenderam como vivem e por que se comportam na natureza de determinada forma.

 

Para ela, muitas coisas estimularam os estudantes: colocar a “mão na massa”, fazer a neve, observar os animais e suas características pelos vídeos, confeccionar o habitat de acordo com o que compreenderam e o mais importante: o fato de terem sido eles mesmos os autores do projeto. As educadoras decoraram, mas foram as crianças que fizeram todo o material utilizado na exposição. “Elas se sentiram agentes de suas descobertas e de seus conhecimentos. Também observamos o estímulo natural de investigar e saber que são capazes de aprender sobre tudo o que quiserem”, diz Fernanda.

 

Jurema percebeu que os pequenos ficaram muito alegres em aprender sobre animais diferentes e de lugares tão distantes e distintos dos nossos. Eles sinalizaram espontaneamente a identificação dos animais e, às vezes, outras informações, geralmente dos que eles mais gostavam.

 

Estudantes, educadores e famílias felizes

Na opinião de Jurema, foi uma experiência única o desafio de envolver as crianças em um tema tão diferente do cotidiano. “Foi ótimo vivenciar a alegria delas a cada descoberta; o entusiasmo ao participarem da confecção dos bonequinhos e dos habitats – tanto do maior em grupo quanto do menor individual”, relata. “No dia da apresentação, na Feira do Conhecimento, foi muito bom ver o orgulho que elas sentiram ao encontrar seus trabalhos e apresentá-los às suas famílias.”

 

Para Fernanda, o motivo maior de felicidade foi experimentar uma prática docente inédita no Currículo de Educação Bilíngue. “Foi a primeira vez que a Educação Infantil experimentou a oportunidade de realizar um projeto vivo, de experiências reais, no campo de Ciências, e poder vibrar junto com eles. Foi maravilhoso”, relata Fernanda. Segundo ela, a cada dia, os pequenos chegavam com uma informação nova, inquietavam a família com a vontade de investigar e demonstravam grande estímulo e alegria em realizar as atividades. “Pessoalmente, ampliou meu campo de experiência do currículo e aumentou as minhas possibilidades de ensinar aos pequenos.”

 

Contar com práticas pedagógicas inovadoras e ir além do proposto foi o que norteou o trabalho das educadores Fernanda e Jurema, e pode nortear o seu também. Com o Currículo Be, educadores, famílias e estudantes têm a oportunidade de aprender naturalmente uma segunda língua por meio de experiências práticas e investigação.

 

E aí? O que você achou?

 


 

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