Transformando a Educação Bilíngue: as 10 melhores estratégias para coordenadores

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Com a Educação Bilíngue cada vez mais bem estabelecida nas escolas brasileiras, são comuns os relatos de coordenadores pedagógicos de escolas bilíngues sobre os vários desafios enfrentados diariamente. No entanto, com as estratégias certas em vigor, os coordenadores podem garantir que o ensino bilíngue seja eficaz e bem-sucedido.

 

A partir das experiências vividas implantando o Currículo Be em todo o Brasil, compartilho aqui 10 dicas que entendo como cruciais para os coordenadores de escolas com ensino bilíngue. Para cada uma dessas dicas, apresento alguns exemplos práticos que poderão ilustrar melhor os diferentes cenários.

 

1. Entenda as necessidades da comunidade

É importante entender os históricos linguísticos e culturais dos estudantes e das famílias na comunidade. Por exemplo: por meio de entrevistas e aplicações de avaliações diagnósticas que ofereçam informações, sobretudo das habilidades linguísticas, os coordenadores e os educadores, juntos, poderão mapear melhor as necessidades individuais. Dessa forma, vão conseguir equilibrar as demandas e oferecer soluções que promovam a aquisição do conhecimento gradativamente.

 

📣 Atenção! Educação Bilíngue não é somente sobre nível linguístico. É também sobre desenvolvimento social, cognitivo, cultural e muito mais.

 

🏆 Parceiros do Be têm à disposição uma série de ferramentas oferecidas em parceria com a National Geographic Learning para essa sondagem, além de uma assessoria pedagógica altamente qualificada para ajudar coordenadores e educadores a pensarem nas melhores estratégias.

 

2. Contrate educadores bilíngues qualificados

Apesar de o mercado brasileiro ser bastante desafiador neste quesito, haja vista a falta de formação acadêmica específica ou aprofundada para contextos de ensino bilíngue, é essencial que os educadores bilíngues tenham um alto nível de proficiência em ambas as línguas, bem como formação e qualificação necessárias para ensinar em um ambiente bilíngue. Por exemplo: os coordenadores devem garantir que tais educadores, além de demonstrarem conhecimento pedagógico e acadêmico sobre o componente curricular e as especificidades educacionais da faixa etária, comprovem, de algum modo (teste de proficiência ou certificação de nível linguístico), sua proficiência na língua que vai lecionar.

 

📣 Atenção! Caso os profissionais não tenham certificações, não deixe de criar oportunidades para que novatos que tenham ao menos o fit com a escola se engajem e, ao longo do trabalho, se comprometam com o plano de desenvolvimento que beneficiará não somente o educador, mas a escola e a qualidade do ensino.

 

🏆 Parceiros do Be podem contar com o serviço de suporte à contratação de educadores e coordenadores bilíngues a qualquer momento da parceria. Oferecemos processo humanizado, qualificado e comprometido com a excelência, que vai da contratação à formação continuada desses profissionais, sempre de mãos dadas.

 

3. Propicie desenvolvimento profissional contínuo

A Educação Bilíngue está constantemente evoluindo, e é crucial que os educadores bilíngues tenham acesso ao desenvolvimento profissional contínuo. Por exemplo: os coordenadores podem organizar oficinas e sessões de treinamento regulares para educadores bilíngues, abrangendo tópicos como métodos de ensino bilíngue, competência cultural e avaliação de língua. Outra ideia muito produtiva é o peer work and observation (trabalho aos pares), no qual os educadores podem planejar conjuntamente e acompanhar as aulas uns dos outros, fortalecendo assim a cultura positiva de feedback.

 

📣 Atenção! Mesmo que essas iniciativas envolvam baixo ou nenhum custo, é preciso planejá-las estrategicamente e antecipadamente, fazendo disso uma cultura e um comprometimento real com a formação continuada da equipe.

 

🏆 Parceiros do Be contam com uma assessoria pedagógica de excelência, que oferece, ao longo de toda a parceria, momentos formativos certificados e de alto impacto na qualificação de toda a comunidade escolar: gestores, educadores, estudantes e famílias.

 

4. Crie um ambiente de aprendizado acolhedor

A coordenação deve fomentar um ambiente de aprendizado positivo e acolhedor, no qual os educadores, assim como os estudantes, se sintam confortáveis ​​ao se expressar em ambas as línguas. Por exemplo: os coordenadores podem encorajar os educadores a usarem uma variedade de atividades que promovam o uso da língua, como discussões em grupo, debates e apresentações. Essas mesmas trocas podem acontecer em reuniões pedagógicas.

 

📣 Atenção! Os coordenadores não precisam pensar em tudo por conta. Vale a pena manter a prática da escuta ativa com a equipe, pois ela trará muitos insights e ideias que promoverão também o senso de pertencimento e engajamento.

 

🏆 Parceiros do Be têm acesso a planos de aula que oferecem aos estudantes tudo o que há de mais moderno e adequado, de acordo com cada faixa etária. Para as equipes da escola, oferecemos assessoria integral, na qual elas podem acessar todo o time do Be diretamente – para pedir suporte, planejar projetos e eventos e trocar ideias. Tudo para promover um ambiente cada vez mais acolhedor e humano.

 

5. Promova o uso de materiais autênticos

Usar materiais autênticos como literatura e mídia nas aulas pode ajudar os estudantes no desenvolvimento de habilidades linguísticas e na obtenção de uma compreensão mais profunda e real de diferentes culturas, sem estereótipos. Por exemplo: os coordenadores podem proporcionar aos educadores acesso a uma biblioteca de materiais autênticos, como livros e vídeos, em ambas as línguas.

 

📣 Atenção! A escolha desses materiais precisa ser cuidadosa e ter muita intencionalidade pedagógica. Por isso, é importante manter o hábito de dialogar sobre as escolhas antes de cancelá-las.

 

🏆 Parceiros do Be encontram no Currículo materiais autênticos já curados e pensados para cada faixa etária e cada componente curricular. Para além dos materiais da National Geographic Learning – que dispensam comentários no que diz respeito à qualidade de seus materiais autênticos –, os materiais desenvolvidos e criados pelo Be seguem os mesmos moldes.

 

6. Desenvolva um calendário integrado

Cada vez mais se faz necessária a integração do ensino bilíngue ao currículo e às práticas da escola, que é sempre uma só. Como exemplo, considere os momentos formativos no calendário escolar já prevendo alguns nos quais todos os educadores estejam reunidos para a troca de temas pertinentes ao ensino bilíngue. Afinal, uma escola com essa proposta não pode seguir segregando os educadores. Além disso, considere a inclusão de práticas bilíngues nos eventos já previstos e da cultura da escola.

 

📣 Atenção! É preciso ter perseverança na oferta de oportunidades de integração dos educadores da escola para que se encerre a segregação ainda tão comum nas escolas brasileiras, que demonstram entendimento tradicional de chamar de “turma do bilíngue” todo educador que dá aulas em outra língua. Em uma escola com uma proposta de ensino bilíngue, TODOS fazem parte da “turma do bilíngue”, sejam fluentes ou não.

 

🏆 Parceiros do Be tem um Playbook de Eventos com todas as estratégias pedagógicas e toda a campanha de marketing atrelada à disposição. Sempre que precisam de suporte para planejar eventos e momentos especiais na escola, eles contam com a assessoria integral da equipe pedagógica e da equipe de marketing do Be.

 

7. Encoraje a comunicação com e entre os educadores

Os educadores bilíngues devem trabalhar juntos para garantir que o programa seja coerente e eficaz. Por exemplo: os coordenadores podem organizar reuniões regulares para que os educadores bilíngues discutam questões relacionadas ao ensino bilíngue e compartilhem ideias e estratégias.

 

📣 Atenção! Momentos específicos com esses educadores específicos são essenciais, principalmente no início da curricularização bilíngue. Contudo, lembre-se de promover momentos nos quais eles possam trocar com educadores de outros componentes curriculares da escola, pois isso é importante para que tudo siga alinhado e junto.

 

🏆 Parceiros do Be são estimulados a dialogar e a refletir sobre docência compartilhada e trabalho colaborativo. E com frequência têm acesso a eventos exclusivos do Be, alguns inclusive  organizados em parceria com a National Geographic Learning. Afinal, fazemos todos parte de uma comunidade de aprendizagem.

 

8. Forneça recursos e suporte para estudantes e educadores

Os estudantes, bem como os educadores, precisam de recursos e suporte adicionais para serem bem-sucedidos em um ambiente bilíngue. Por exemplo: os coordenadores podem oferecer momentos 1:1, a fim de trocar feedback, organizar grupos de estudo e de reflexão nos diferentes espaços da escola e compartilhar textos e vídeos para ajudar estudantes e educadores a desenvolverem habilidades e competências.

 

📣 Atenção! É um mito pensar que o coordenador precisa ser fluente na língua adicional oferecida na escola para dar suporte a estudantes educadores. Nesta função, basta colocar-se como aprendiz também, pois, nessa troca, todos ganham.

 

🏆 Parceiros do Be têm à disposição conteúdo para expansão de mentalidade e de práticas constantemente. Tal conteúdo está disponível na plataforma digital, nas mídias sociais como o Instagram oficial, nos artigos do blog e nos incríveis episódios do podcast Naturalmente Bilíngue by Be..

 

9. Monitore e avalie o sucesso da proposta bilíngue

É importante medir e avaliar o sucesso do programa bilíngue. Por exemplo: os coordenadores podem utilizar diferentes métodos e ferramentas de testagem de proficiência de língua, avaliações de desempenho do educador e feedback dos estudantes para identificar áreas de sucesso e de necessidade de melhoria.

 

📣 Atenção! Não se limite a uma única avaliação ou instrumento avaliativo. Para que a avaliação cumpra seu papel equitativo e de compromisso com a diversidade e a inclusão, é importante pensar em diferentes modos de monitorar e acompanhar os avanços, seja dos estudantes, seja dos educadores.

 

🏆 Parceiros do Be recebem visitas periódicas da assessoria pedagógica com um comprometimento ético e formativo dos educadores, sempre com processos de feedback e de feedforward que levam em conta o histórico profissional e o interesse comum no desenvolvimento continuado. Os gestores acompanham essas métricas e muitas outras em relatórios atualizados em tempo real, com precisão e suporte da equipe Be, para acompanhar toda a evolução do currículo bilíngue desenvolvido na escola.

 

10. Envolva as famílias

Sabemos que esse tem sido um dos maiores desafios para as escolas na modernidade. A participação e o apoio das famílias é fundamental para o sucesso do desenvolvimento bilíngue dos estudantes. Por exemplo: os coordenadores podem criar, para os eventos tradicionais da escola, oportunidades para as famílias acompanharem de perto o desenvolvimento bilíngue. Novos eventos mais específicos também podem ser incluídos no calendário oficial, como noites de leitura bilíngues e palestras sobre o que é Educação Bilíngue e qual a sua importância hoje.

 

📣 Atenção! A frustração pode ser paralisante! Lembre-se de que toda proposta precisa de tempo e persistência para que seja absorvida e compreendida como essencial na cultura da escola. Tudo o que acontece nas aulas diariamente é evidência de aprendizagem. Então, não fique apenas pensando em momentos nababescos para se conectar com as famílias. O básico, se bem-feito, traz humanização e veracidade a essa relação tão fundamental.

 

🏆 Parceiros do Be contam com infinitas oportunidades para a promoção de uma relação mais próxima com as famílias. Dos conteúdos disponíveis no BrandCenter aos momentos formativos e de vivências, certamente as famílias encontram na escola parceira do Be muita informação e a segurança de uma escolha acertada.

 

Por fim, gostaria de concluir este artigo afirmando que os coordenadores de escolas bilíngues desempenham papel crucial na garantia de um programa eficaz e bem-sucedido. Sei que vivemos num sistema educacional ainda muito punitivo e por vezes maçante. Mas, com parcerias sérias e comprometidas com uma educação libertadora como é o Be e com as dicas acima em mente, vocês, coordenadores, podem criar um ambiente de aprendizado positivo e acolhedor. Um ambiente no qual estudantes, educadores e toda a comunidade escolar possam se desenvolver e se sentir cada vez mais pertencentes e responsáveis pela construção de um mundo novo, com pensantes globais e críticos.

 


 

Pedro Brandão

Pedro Brandão

Head pedagógico do Be - Currículo Bilíngue. Formado em Letras pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) e pelo Marietta College (EUA). Especialista em Educação Bilíngue pelo Instituto Singularidades, com certificado CELTA pela Stafford House (UK). Educador há 18 anos, com experiência em docência, coordenação, assessoria pedagógica e gestão escolar em centros de idiomas, escolas bilíngues e internacionais (IB). Educador e formador de educadores em escolas brasileiras de ensino básico, da Educação Infantil ao Ensino Médio.

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