Design Thinking na Educação: transformando desafios em soluções criativas

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A Educação precisa de inovação, e Design Thinking pode ser a chave!

Famílias e gestores escolares compartilham um objetivo comum: oferecer um ensino de qualidade que prepare os estudantes para os desafios do mundo moderno. Mas como podemos tornar o aprendizado mais envolvente, colaborativo e eficiente? O Design Thinking vem ganhando espaço como um método poderoso para transformar a Educação, incentivando a criatividade, a resolução de problemas e o pensamento crítico nas escolas.

 

O que é Design Thinking?

Design Thinking é uma abordagem baseada na empatia e na experimentação, usada para resolver problemas de forma criativa. No contexto educacional, essa abordagem pode ajudar educadores, gestores e estudantes a desenvolverem soluções inovadoras para os desafios do dia a dia. O processo segue cinco etapas principais:

 

 

Como a escola pode se beneficiar do Design Thinking?

A aplicação do Design Thinking na Educação pode transformar a experiência de aprendizagem para todos os envolvidos, promovendo um ambiente mais inovador e eficaz.

 

Estudantes: habilidades do século XXI e o desenvolvimento de soft skills

O Design Thinking incentiva os estudantes a desenvolver habilidades essenciais para o século XXI, como pensamento crítico, colaboração, criatividade e empatia. Essas competências são fundamentais para a resolução de problemas complexos e para a adaptação a um mundo em constante mudança.

 

Em um projeto escolar sobre sustentabilidade, por exemplo, os estudantes podem investigar o desperdício de alimentos na cantina. Primeiro, aplicam a empatia ao entrevistar funcionários e colegas para entender o problema. Depois, passam para a definição, identificando qual a maior dificuldade enfrentada. Na fase de ideação, propõem soluções como campanhas de conscientização ou mudanças no cardápio. Em seguida, testam algumas dessas ideias em pequena escala na etapa de prototipagem. Por fim, na fase de testes e implementação, analisam os resultados e ajustam as estratégias antes de expandir a iniciativa para toda a escola.

 

Ao participar desse processo, os estudantes não só aprendem a resolver desafios reais, como também aprimoram a autonomia e a capacidade de trabalhar em equipe.

 

Educadores: aulas mais dinâmicas e centradas no estudante

Os educadores podem usar Design Thinking para identificar desafios na aprendizagem e desenvolver soluções mais eficazes e engajadoras. Se um professor percebe que os estudantes estão indo mal nas provas de Matemática, ele pode investigar as causas em vez de apenas reforçar o conteúdo tradicional.

 

Primeiro, ele aplica a empatia ao conversar com os estudantes para entender suas dificuldades e analisar os tipos de erro mais comuns. Depois, na etapa de definição, percebe que muitos estudantes não compreendem bem os problemas de lógica porque o ensino tem sido muito teórico. Em ideação, ele se reúne com a turma e com os colegas para discutir formas diferentes de ensinar o conteúdo. Na fase de prototipagem, testa jogos matemáticos, desafios em grupo e problemas contextualizados em situações reais. Por fim, na etapa de testes e implementação, ajusta sua abordagem conforme o feedback dos estudantes e melhora os materiais para toda a turma.

 

Ao adotar essa metodologia, o educador não apenas melhora o desempenho dos estudantes, mas também torna a experiência de aprendizado mais interativa e envolvente.

 

Gestores: inovação e melhoria na comunicação com as famílias

Os gestores escolares podem utilizar Design Thinking para criar soluções eficazes e participativas dentro da escola, promovendo um ambiente mais colaborativo. Um exemplo prático é a coordenação escolar que percebe dificuldades na comunicação com as famílias, já que muitos familiares sentem que recebem poucas informações da escola.

 

O primeiro passo é aplicar a empatia, ouvindo as preocupações de famílias e educadores sobre os desafios de comunicação. Na fase de definição, a equipe percebe que muitos familiares não leem os e-mails enviados pela escola, mas costumam se comunicar bem via WhatsApp. Em ideação, a escola propõe criar um canal oficial de comunicação no aplicativo, com mensagens curtas e diretas, além de encontros presenciais periódicos para troca de feedback. A fase de prototipagem testa o canal com um grupo menor de famílias para avaliar o nível de engajamento. Por fim, na etapa de testes e implementação, ajustes são feitos na frequência e no tom das mensagens antes de expandir a iniciativa para toda a comunidade escolar.

 

Ao adotar essa abordagem, a escola fortalece o vínculo com as famílias, melhora a transparência na comunicação e promove um ambiente mais participativo e acolhedor.

 

Como o Currículo Be está alinhado com o Design Thinking?

O Currículo Bilíngue traz, em sua proposta para o componente curricular STEAM, a oportunidade de os estudantes vivenciarem na prática a abordagem Design Thinking. Por meio de projetos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, crianças e adolescentes do Ensino Fundamental são convocados a pensar em soluções criativas para contribuir no alcance desses 17 objetivos globais que visam a um futuro melhor e mais sustentável para todos.

 

Ademais, em nossas aulas de Science e Geography há diversas propostas de projetos, já que uma das bases do desenvolvimento de nossos componentes é o Project-Based Learning (PBL), e a abordagem Design Thinking pode ser uma das maneiras de desenvolver as propostas PBL do Currículo Be.

 

Para conhecer melhor nossas propostas curriculares, entre em contato com um de nossos consultores.

 

Quer saber mais?

 

Se você quer entender como aplicar Design Thinking na sua escola, confira nossas recomendações:

 

  • Curso virtual “Design Thinking Aplicado à Educação”, da Enap
  • Livro “Design Thinking: Na educação presencial, a distância e corporativa”, de Carolina Costa Cavalcanti e Andrea Filatro
  • Artigo “Design Thinking na Educação” , de Décio Oliveira dos Santos e José Clécio Silva de. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 23, nº 21, 6 de junho de 2023

 


 

Thais Alencar

Thais Alencar

Graduada em Letras e pós-graduada em Ensino de Inglês pela Universidade Federal de Minas Gerais. Especialista em Educação Bi/Multilíngue pelo Instituto Singularidades. Possui certificações Cambridge CPE, TKT (Full/KAL/Young Learners) e CELTA. Atua há mais de duas décadas como educadora e formadora de educadores em institutos de idiomas e escolas de educação básica, da Educação Infantil ao Ensino Médio. Atualmente, trabalha com inovação e produção de materiais didáticos, exercendo a função de designer educacional no Be - Currículo Bilíngue.

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